Neste texto
será apresentado o resumo do livro “Um povo Chamado Batista” do pastor Zaqueu
Moreira de Oliveira. Como o mesmo ressalta em sua apresentação, este livro
surgiu como uma necessidade do povo batista em conhecer sua história. Conhecer de
forma aprofundada e não superficial. O autor nos fornece, não somente um
aspecto do surgimento dos batistas, mas todo o seu contexto histórico abordando
desde o período anterior à reforma protestante até o momento do surgimento. Daí
em diante o autor parte para a expansão dos batistas, com seus feitos e
influência no mundo todo.
Apesar de o autor ter seu ponto de vista bem
definido no livro, ele nos fornece também os outros pontos com suas
argumentações para analise crítica dos seus leitores.
No primeiro capítulo do
livro, o autor faz um apanhado de informações da história da igreja. No final
do século XIII foi considerado o século áureo da igreja romana. Foi o tempo em
que surgiu o escolasticismo com Tomás de Aquino e outros teólogos da igreja
romana. Também houve concílios em que foi aumentado os poderes dos líderes
romanos, especificamente, do papa. Mas após este período viria o pior para a
igreja romana com o chamado cativeiro babilônico da igreja e o cisma papal. A
partir daí a igreja romana foi se degradando cada vez mais, com uma moral baixa
dos cleros e muitos escândalos, até por papas. Isso levou o povo a ter um
desejo profundo e verdadeiro por reforma. Então nos séculos XIV e XV surgiram
os primeiros reformadores, João Wycliffe, na Inglaterra e João Huss na Boêmia.
Cada um deles teve seu papel fundamental para a reforma protestante com
Martinho Lutero e os outros. Com a reforma protestante iniciada com Martinho
Lutero, iniciou-se uma onda de reformas. Depois de Lutero, Zwinglio e Calvino,
assim como dos anabatistas a da reforma Anglicana e seus dissidentes o mundo já
não era o mesmo. Foram muitas as contribuições dos reformadores para as pessoas
que careciam do conhecimento de Deus. E dessas contribuições os batistas também
são herdeiros, conforme ressalta o autor.
No segundo capítulo o autor
começa a trazer-nos uma luz sobre a história dos batistas a partir dos
dissidentes originários da reforma anglicana. Segundo Zaqueu, embora esses
dissidentes tivessem recebido influências dos remanescentes anabatistas, eles
vieram diretamente dos separatistas ingleses. Conforme o autor nos mostra,
existem três teorias sobre a origem doa batistas, a sucessionista ou JJJ, a da
continuidade e a da providência. Após o autor relatar as três teorias e argumentar
a favor da teoria da providência, ele começa a fazer um desenrolar do
surgimento a partir da igreja separatista de John Smyth. Um pastor anglicano que tornou-se puritano e
mais tarde separatista. Uniu-se a Tomás Helwys um advogado desejoso pelas coisas
concernentes a Deus. Após a grande perseguição fomentada por Tiago I, a
congregação de John Smyth e Tomás Helwys emigraram para a Holanda onde havia
liberdade religiosa para os protestantes. Smyth estudando a fundo as escrituras
viu que o batismo infantil não era bíblico o que o levou a batizar-se e batizar
toda a sua congregação. Houve uma discussão entre os dois líderes batistas que
resultou na separação dos dois. Após a morte de Smyth um grupo uniu-se a Tomás
Helwys e o mesmo se se tornou pastor. O autor ressalta bastante um dos
princípios batistas mais nobres, a liberdade religiosa, uma bandeira que sempre
foi levantada pelos batistas em todo o mundo. Tanto Smyth como Helwys
defenderam este princípio e escreveram sobre. Os batistas, logo no seu início,
tiveram uma divisão entre batistas gerais e particulares. Onde cada um deles
tiveram suas contribuições para o crescimento do evangelho por meio dos
batistas.
No terceiro capítulo o
autor nos mostrando a expansão dos batistas, especificamente, na Inglaterra,
valendo salientar as confissões de fé, e mais uma vez a luta por liberdade
religiosa que foi outro fator positivo na atuação dos batistas na Inglaterra.
Mas em um certo período de tempo houve uma acomodação tanto dos batistas gerais
como dos particulares, em que deixaram a Grande Comissão de lado. Até que houve
um avivamento que se espalhou pela Inglaterra e Estados Unidos e chegaram aos
batistas. Foi aí que se levantou um jovem que foi um instrumento de Deus para o
avivamento batista. Guilherme Carey e André Fuller que eram batistas
particulares iniciaram o movimento de missões modernas e levantaram mais uma
vez os batistas. A partir daí os batistas chegaram a várias partes do mundo,
como o autor mostra no capítulo quatro os batistas nos Estados Unidos e
inclusive no Brasil.
No capítulo cinco, o autor
irá abordar o surgimento dos batistas no Brasil. Segundo o autor Zaqueu, do
mesmo modo que houver confusão acerca do surgimento dos batistas no mundo, no
Brasil também não foi diferente. O mais debatido é sobre a primeira igreja
batista em solo brasileiro, uma briga entre São Paulo e Bahia, como as duas
primeiras igrejas batistas do Brasil. Depois do autor abordar sobre os
primeiros protestantes no Brasil, ele passa para os primeiros batistas o
Brasil. Mesmo diante de muitas dificuldades, como a falta de missionários e
pessoas capacitadas para falar o idioma do povo, os batistas brasileiros não
desanimaram de pregar o evangelho para o povo brasileiro. Depois de muitas
lutas, foram fundadas várias igrejas batistas, colégios, seminários Convenção e
etc.
No último capítulo do
livro, o autor lista os princípios batistas, separando-os em princípios básicos
da reforma, princípios universais e princípios específicos da convenção batista
brasileira.
Conclusão
A leitura deste livro é de grande valia para todos
aqueles que querem realmente saber sobre a origem dos batistas de forma
concreta e com bases históricas verdadeiras. Além de conhecer a origem em si,
os leitores também são instigados a conhecerem o contexto histórico deste
surgimento. Adquirindo assim, uma base sólida para seu conhecimento e
consequentemente para defender sua fé no sentido institucional.
BIBLIOGRAFIA
OLIVEIRA,
Zaqueu Moreira de . Um Povo Chamado
Batista. Recife 2011. Editora Kairós. 2ª
edição.
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