quinta-feira, 17 de abril de 2014

Fatores que Contribuiram para o Advento do Cristianismo


A preparação para o advento do cristianismo começa lá no século V a.C. Podemos observar Deus preparando o cenário para que seu filho nascesse na plenitude dos tempos. Afim de que a fé cristã surgisse num ambiente propício para sua expansão. Neste texto serão analisados os fatores que contribuíram para que o cristianismo, as palavras de Jesus, chegasse aos lugares mais remotos do mundo.


1º Fator: Geográfico Palestino
A Palestina fica numa região que fica no meio do caminho entre o oriente e ocidente. Tudo o que passa do ocidente para o oriente, ou vice-versa, passava pela Palestina. De modo que isso favoreceu extremamente a disseminação da fé cristã que surgiu ali, tudo que acontecia ali se espalhava. Através de comerciantes e viajantes em geral. Além disso, a Palestina dava acesso ao mar mediterrâneo. E isso favorecia a expansão marítima da fé que surgiu.

2º Fator: Intelectual Grego
Quando o cristianismo surgiu à língua grega era extremamente conhecida na bacia do mediterrâneo. O novo testamento foi escrito nessa língua por ser tão conhecida na região facilitou a comunicação dos conceitos e das ideias. Isso fez com que essas ideias atingissem melhor as pessoas. A cultura grega já disseminada em toda a região desde os dias de Alexandre, o Grande, já tinha impregnado na mente do oriente, ideias como um mundo diferente deste e etc. A filosofia grega também fazia com que os homens percebessem a estupidez que havia nos deuses pagãos. E passaram a ansiar por algo mais profundo, uma religião mais séria. A influência predominante entre as camadas mais cultas da população era, contudo, a do pensamento filosófico grego, que teria grande importância na posterior formação da teologia cristã. As "virtudes naturais" ensinadas por Sócrates, a ideia da imortalidade da alma, de Platão, a fagulha divina e o logos de Aristóteles foram algumas das idéias que moldaram o pensamento cristão. Entre o estoicismo e o cristianismo houve mesmo alguns elementos comuns. A noção de uma fonte universal e modeladora de tudo o que existe, uma alma inteligente que se expressava na razão humana -- isto é, o próprio Deus dentro de cada um -- influenciou decisivamente na formação da teologia cristã.

3º Fator: Religioso Judaico
Devido o exílio judaico, os judeus espelharam-se pelo oriente e levaram consigo conceitos, ideias e valores que se espalharam na mente dos povos, como a ideia monoteísta, que era uma crença apenas dos judeus. A crença na vinda de um messias libertador, a lei, a moral, a ética judaica, que trazia um conceito de que o pecado exigia um sacrifício de sangue para haver perdão, a disseminação da crença em redenção e etc. Os cristãos já encontraram mentes familiarizadas com essas ideias. E a Torá era conhecida pelas pessoas. Apesar da dominação política da Judéia pelos estrangeiros, o judaísmo manteve quase sempre intactas suas instituições religiosas. Um clero altamente organizado e politicamente influente controlava a vida religiosa e, principalmente por intermédio do sinédrio, determinava as posições políticas. Em geral os judeus mantinham a esperança messiânica, mas estavam divididos em facções e em partidos, cujas motivações eram a maior ou menor fidelidade às convicções religiosas do passado ou a atuação meramente política.

4º Fator: Político Romano
O Império Romano concedia segurança (Pax Romana) para a locomoção de viajantes pelo império já que antes havia perigos no mar e na terra. A unidade do império, todos debaixo de uma só lei, contribuiu a compreensão de que os homens estavam debaixo da lei do pecado. As estradas do império romano facilitavam a locomoção dos viajantes. O exército romano contribuiu para a pregação do evangelho em todos os lugares, pois os soldados que se convertiam ao cristianismo levavam a mensagem para os lugares que viajavam. Algumas das características do império Romano que contribuíram para a difusão da fé cristã: certa abertura religiosa inicial, gerada pelo grande politeísmo; Busca da população romana pelas crenças orientais em alta naquele momento; Um gigantesco império reforçado pelo comércio e envio de tropas às colônias; Grande difusão do latim e do grego como que linguagens universais naquele período.
Segundo Curtis: “Talvez o cristianismo não se expandisse de maneira tão bem sucedida caso o Império Romano não tivesse existido. Podemos dizer que o Império Romano era um tambor de gasolina à espera da faísca da fé cristã”.

5º Fator: Outras Influências
            A reconstrução do templo, que recuperou um dos símbolos mais importantes da história do povo judeu, ressaltou o contraste com a informalidade e a simplicidade do cristianismo primitivo e foi uma das imagens que Jesus usou para afirmar sua concepção sobre um novo relacionamento com o Deus de Israel. A tradução grega do Antigo Testamento, a dos Setenta, outro estímulo ao pensamento da época, favoreceu a universalização do cristianismo. Os autores do Novo Testamento usaram esse texto para comparar as novas doutrinas às antigas.
A perseguição à igreja, movida por Saulo de Tarso, antes de sua conversão, quando adotou o nome Paulo, e a morte do primeiro mártir, Estevão, tiveram como consequência a expansão do cristianismo para além das fronteiras da Palestina, quando fugitivos da perseguição alcançaram a Fenícia, Chipre e Antioquia. A conversão de Paulo, que antes perseguia os cristãos, contribuiu enormemente para a divulgação da nova fé.
Depois do final da era apostólica, um período de cerca de quarenta anos permaneceu obscuro na história do cristianismo. Há indicações de que essa época, em que foram escritos os evangelhos e as epístolas, conheceu muitas mudanças e intenso trabalho missionário. Por volta do ano 100, o cristianismo já se havia estabelecido na Macedônia, na Anatólia, na Síria, na Grécia, em Roma e, possivelmente, no Egito. Apesar das diferenças entre as igrejas nas várias localidades onde se firmou o cristianismo, sua organização se deu em meados do século II e foi um dos meios usados pela igreja nascente para combater mais efetivamente as heresias da época.
No final do século II a igreja cristã já se denominava católica (universal), termo usado pela primeira vez por santo Inácio de Antioquia. A primeira tentativa de estabelecer o cânon do Novo Testamento é também desse período. Ao redor do ano 150, a Bíblia grega foi traduzida para o latim, para uso na África. A partir do ano 300, quando o cristianismo já estava presente em todos os pontos do império -- incluindo agora o norte da África, a Itália central, a Gália meridional e a Espanha --, vários oficiais do governo e funcionários imperiais se converteram, levando o cristianismo para as classes mais altas da sociedade e também a membros do exército romano.
No século IV a situação mudou radicalmente,  em especial no Ocidente, primeiro com o afastamento voluntário de Diocleciano, em 305, e depois com um edito de tolerância para com os cristãos, de Galério, "sob a condição de que nada pratiquem que seja contrário à disciplina". Constantino, aclamado imperador no Oriente, partiu para a conquista do Ocidente. Durante o sono, imaginou ter visto as iniciais do nome de Cristo, com a inscrição "in hoc signo vinces" ("com este sinal vencerás"). Ao triunfar na batalha contra Maxêncio, em 312, aderiu ao cristianismo e, em 313, concedeu plena liberdade aos cristãos. Em 323, com a derrota de Licínio, que ainda controlava parte do império, foram abolidas totalmente as perseguições ao cristianismo. Iniciou-se assim uma nova fase de sua história: a união com o poder político, que culminou sob o governo de Teodósio I, em 380, quando foi proclamado religião oficial do estado.

Conclusão
Observamos com clareza que o cristianismo não surgiu do acaso da história, mas tudo o que aconteceu conforme estava na mente de Deus. Em todo o desenrolar da história, vemos tudo contribuir para o advento do cristianismo: religiões, sistema de governo, filosofias, idioma e etc. Deus estava no controle de tudo, programando todas as coisas para o nascimento de Seu filho e tudo aconteceu de acordo com Sua vontade.
Não havia momento histórico melhor para o surgimento do cristianismo. Todos os aspectos favoreceram o cristianismo e se tivesse surgido em outro momento, não teria tido o avanço que teve no seu início.


BIBLIOGRAFIA
PR. MARCOS GRACONATO. A História do Cristianismo Parte I. 1 post
(3min.33s.). Postado em: 09/05/2011. Disponível em:<http://www.coladaweb.com/historia/historia-do-cristianismo>.
Acesso em: 19 de Set. 2012.
PROF. DIONÍSIO HATZBENERGER. Cristianismo nos Séculos I e II. Disponível em:< http://hist-igreja.blogspot.com.br/p/cristianismo-nos-seculos-i-eii.html>.Acesso em: 19 de Set. 2012.
SANDRA AGUIAR DAS NEVES. História do Cristianismo. Disponível em:< http://www.youtube.com/watch?v=mTwU5eyZ0yA>.Acesso em: 19 de Set. 2012.

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